Um fazendeiro guardava em seu paiol vários tipos de verduras e legumes como alfaces, milhos, tomates, trigos, berinjelas, rúculas, repolhos e cereais integrais.
Um
ratinho atrapalhado e guloso, ao ver toda aquela fartura, comeu a metade de
tudo. Quando a mulher do fazendeiro entrou no paiol e sentiu a falta dos
alimentos, percebeu que havia um rato na casa.
No
dia seguinte, a mulher comprou uma ratoeira e armou no paiol. Mas o ratinho que
observava tudo escondido resolveu avisar aos animais da fazenda sobre a
presença da ratoeira:
-Dona
galinha, há uma ratoeira na casa.
-Senhor
rato, eu não posso fazer nada. Isso não me prejudica.
-Senhor
porco, há uma ratoeira na casa.
-Desculpe-me,
senhor rato, mas isso não me prejudica. Só posso rezar pelo senhor.
-Dona
vaca, há uma ratoeira na casa.
-Desculpe-me, senhor rato. Isso não me
prejudica. Não estou em perigo.
À noite, o ratinho viu quando a ratoeira
pegou alguma coisa. A mulher do fazendeiro também ouviu e correu para verificar
o que era.
A
ratoeira tinha pego uma cobra venenosa pelo rabo. Quando a mulher se aproximou,
a cobra picou-lhe o calcanhar e ela ficou ardendo em febre.
No
mesmo dia, o fazendeiro matou a galinha para fazer uma canja para sua esposa
doente.
Mas
nem sinal de melhora. Vieram os vizinhos visitá-la. Para alimentar os
visitantes, o fazendeiro sacrificou o porco.
Porém,
a mulher acabou morrendo. Várias pessoas vieram para o velório e o fazendeiro
matou a vaca para alimentar todo o povo.
O problema de um é problema de todos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário